segunda-feira, 8 de setembro de 2008

o mergulho do náufrago ou Lx, meu amor

tenho em mim, hoje, uma saudade medonha daquelas que corta e corta e corta e doi. E muito.
do olhar narcótico do meu mestre Fernando Pessoa que, contemplativo, se promiscua com qualquer paparazzi transeunte; do cheiro acidulado das ruelas estreitas e mal-trapilhas do Bairro Alto; do trato inflamado dos automobilistas logo p´la manha na 2ªC; das paisagens descuidadas e sujas do Adamastor; das noites volúveis sem horas nem sítios nem sentidos nem fins; das constantes partidas e corridas; dos olhares em síncope; das mãos apertadas; dos ombros sôfregos do Tejo;
tenho saudades de muito. Mais.

Sem comentários: