Americana de nascença (2 Dezembro 1923, Nova Iorque), ascendente de pais gregos e italiana de casamento, Maria Callas foi considerada a maior soprano de todos os tempos. Esta intérprete lírica impressionou com La Traviatta e Tosca, e simultaneamente chocou com diversos escândalos amorosos, divórcio e cancelamentos repetidos de espectáculos. Dizia-se de personalidade caprichosa e exigente, mas quem a conheceu na única vez que Callas visitou Portugal, para encantar no TNSC (Teatro Nacional São Carlos), afirmou que de intransigente Callas tinha muito pouco. Membros do coro do TNSC caracterizaram-na como "amável, simpática, prestável e de um profissionalismo invejável".
Nas suas récitas Callas encarnava cada personagem com um dramatismo fora do comum, despertando reações intensas entre seus admiradores. Dramatismo esse que era conseguido não só através dos seus invejáveis dotes vocais, como por toda a sua caracterização: guarda-roupa elegantíssimo, maquilhagem teatral e jóias cintilantes. Tudo era pensado e bem-pensado! Christian Dior e Yves-Saint Laurent eram os seus estilistas de eleição.
De forma a comemorar o cinquentenário da passagem de Maria Callas por Lisboa, o Museu da Electricidade exibe, até ao dia 21 de Setembro, uma das maiores colecções de vestidos, jóias e objectos pessoais de cena da cantora, assim como partituras para piano e canto de excertos de La Traviatta e alguns documentários/jornais.
Aconselho vivamente!
"Uma mulher habitada pelo fogo." Jean Cocteau
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